Thursday, November 20, 2014

Metamorfoses

A cada ciclo uma morte. Um renascimento. E o que dói não é a morte certamente. É o processo. É o meio do caminho. Por mais que tenhamos uma alma pavimentada e sólida, a vida vai lascando devagarinho nossa existência, que de lasca em lasca, vai se transformando em algo novo. Como um quadro que acaba de ser repintado, nos olhamos nos espelho e nos vemos outro. Nem melhor, nem pior. Outro. Como conviver com este outro? Nostálgicos, temos saudade do antigo. Dormimos com a fé que o dia possa traze-lo de volta. Rezamos para sermos de novo aquele. Não seremos. Teremos que adaptar dia-a-dia com a alma remontada. Aceitaremos as condições. Não somos mais. Somos outro. Hellfrick